domingo, 29 de novembro de 2009

O Modelo A, sucessor do T

O Ford Modelo A (1927-1931) foi o segundo grande sucesso de vendas da Ford Motor Company, atrás do seu predecessor, o Modelo T, fabricado por 18 anos (1908-1927). Começou a ser produzido em 20 de outubro, mas sua primeira venda ocorreu em 2 de dezembro de 1927. O novo Modelo A (um modelo anterior usou o nome A em 1903/04) estava disponível em 4 cores standard, mas não a preta... Apesar da crise sem precedentes da época, foram produzidas 4.849.340 unidades em várias versões do Modelo A até março de 1932, quando a sua produção foi encerrada. A Ford o substituiu pelo Modelo B, com motor de 4 cilindros e, a seguir, pelo Modelo 18, que era empurrado pelo primeiro motor V8 da Ford (criado para enfrentar os motores 6 cilindros em linha característicos dos modelos da General Motors, liderados pelo Chevrolet).
E aproveite para dar um passeio num modelo 1931, junto com Ike, seu proprietário muito louco que mora em Yowa...

sábado, 28 de novembro de 2009

Modelos T em 2008

Encontro de proprietários de modelos T nos Estados Unidos por ocasião do centenário em outubro de 2008
http://www.youtube.com/watch?v=ZX2anFeIft4&NR=1&feature=fvwp

Linha de produção do Ford de Bigode

Em 01 de outubro de 1908 foi produzida a primeira unidade para venda daquele que seria o carro mais importante da história da indústria automobilística e um produto que marcaria para sempre a maneira como as coisas são produzidas: o Ford Modelo T.
Esse modelo é conhecido no Brasil por "Ford de Bigode": o acelerador ainda não era um pedal, mas uma alavanca junto ao volante, que formava par com outra, para ajustar o avanço da ignição; as duas alavancas, opostas, formavam a figura de um bigode e o apelido "pegou". Em 1919, quando a Ford se tornou o primeiro fabricante de automóveis no Brasil, com a produção do carro e do respectivo "caminhão", os modelos fabricados no País passaram a mostrar, no ornamento do capô, a figura de um bigode, abaixo do logotipo da Ford.
A importância do T para a indústria de modo geral, deve-se ao fato de que, em 1913, cinco anos após seu lançamento, Henry Ford mudou a forma como as coisas funcionavam em sua fábrica depois de ver o funcionamento de frigoríficos em Cincinnati e em Chicago, onde os bovinos eram levados por ganchos e esquartejados por açougueiros a medida que passavam por suas estações de trabalho (cada operário realizava apenas um manuseio ou corte em animais pendurados em infindáveis correias transportadoras). Também inspirado nos processos produtivos dos revólveres Colt e das máquinas de costura Singer, Ford adequou aquilo à produção de seus automóveis e convencionou-se dizer que ele é o inventor da linha de produção.
O Modelo T era totalmente de madeira. Colunas, chassi, assoalho, longarinas, laterais, tudo era coberto com chapas de aço. Até 1914, o T foi fabricado em uma série de cores de acordo com a preferência dos consumidores. Em 1915, para cortar custos, o T passou a ser produzido exclusivamente na cor preta, situação que perdurou até 1926. Desta época, ficou célebre uma frase de Henry Ford: "O carro é disponível em qualquer cor, contanto que seja preto". O objetivo era produzir um carro que qualquer um pudesse comprar, com preço baixo, fator que aumentou a demanda e fez com que no departamento de pintura da Ford não houvesse lugar para a secagem de tantos automóveis fabricados. Então a solução foi adotar a cor preta por possuir uma secagem mais rápida.
De 15.007.003 unidades produzidas entre 1908 e 1927, cerca de 12 milhões o foram na cor preta. Em 1908, quando teve sua primeira unidade vendida, o Ford T custava US$ 825. Em 1927 o preço era de US$ 290 (equivalente a US$ 3.191 atuais). O recorde de produção do T só foi batido em 1972, pelo Fusca.
Veja no YouTube um filme da época da introdução da linha de produção pela Ford, com a montagem do carro desde o início (a carroceria de madeira era feita manualmente) até a saída para o pátio e, depois, andando pelas "estradas" daqueles tempos. O vídeo inclui a montagem, anos depois, do número 15MM, que saiu para o pátio dirigido pelo próprio Henry Ford.
(colaboração do Alberto P.)
E aprenda como dirigir um deles...

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Jô Soares entrevista Tim Maia

No Programa do Jô, no SBT
Parte 1/3 (8:18)
http://www.youtube.com/watch?v=ZN4azRthF1w&feature=related
Parte 2/3 (6:57)
http://www.youtube.com/watch?v=n0d7ZMNzFZs&feature=related
Parte 3/3 (6:38)
http://www.youtube.com/watch?v=d64KHb9MT2I&feature=related

No programa do Jô, em agosto de 1989
Parte 1/3 (4:44)
http://www.youtube.com/watch?v=3JxwjE6E5_8&NR=1
Parte 2/3 (6:18)
http://www.youtube.com/watch?v=LR6OpRU_kbg&feature=related
Parte 3/3 (4:43)
http://www.youtube.com/watch?v=IUIC3u5OjKk&NR=1

Tim Maia e Vitória Régia ao vivo

O descobridor dos sete mares (5:35)
Dia de domingo (5:18)
Me dê motivo (5:02)
Não quero dinheiro (3:05)
Jorge Ben e Tim Maia, em 1981 (5:08)
Tim Maia, em 1971 (4:13)

Dia da Consciência Negra

O Quilombo dos Palmares (localizado na atual região de União dos Palmares, Alagoas) era uma comunidade auto-sustentável, um reino (ou república na visão de alguns) formado por escravos negros que haviam escapado das fazendas, prisões e senzalas brasileiras. Ele ocupava uma área próxima ao tamanho de Portugal e situava-se onde era o interior da Bahia, hoje estado de Alagoas. Naquele momento sua população alcançava por volta de trinta mil pessoas.

Zumbi nasceu em Palmares, Alagoas, livre, no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um missionário português quando tinha aproximadamente seis anos. Batizado 'Francisco', Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim, e ajudava diariamente na celebração da missa. Apesar destas tentativas de aculturá-lo, Zumbi escapou em 1670 e, com quinze anos, retornou ao seu local de origem. Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos vinte e poucos anos.

Por volta de 1678, o governador da Capitania de Pernambuco cansado do longo conflito com o Quilombo de Palmares, se aproximou do líder de Palmares, Ganga Zumba, com uma oferta de paz. Foi oferecida a liberdade para todos os escravos fugidos se o quilombo se submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa; a proposta foi aceita, mas Zumbi rejeitou a proposta do governador e desafiou a liderança de Ganga Zumba. Prometendo continuar a resistência contra a opressão portuguesa, Zumbi tornou-se o novo líder do quilombo de Palmares.

Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo. Em 6 de fevereiro de 1694 a capital de Palmares foi destruída e Zumbi ferido. Apesar de ter sobrevivido, foi traído por Antonio Soares, e surpreendido pelo capitão Furtado de Mendonça em seu reduto (talvez a Serra Dois Irmãos). Apunhalado, resiste, mas é morto com 20 guerreiros quase dois anos após a batalha, em 20 de novembro de 1695. Teve a cabeça cortada, salgada e levada ao governador Melo e Castro. Em Recife, a cabeça foi exposta em praça pública, visando desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi.

Em 14 de março de 1696 o governador de Pernambuco Caetano de Melo e Castro escreveu ao Rei: "Determinei que pusessem sua cabeça em um poste no lugar mais público desta praça, para satisfazer os ofendidos e justamente queixosos e atemorizar os negros que supersticiosamente julgavam Zumbi um imortal, para que entendessem que esta empresa acabava de todo com os Palmares."

Zumbi é hoje, para determinados segmentos da população brasileira, um símbolo de resistência. Em 1995, a data de sua morte foi adotada como o dia da Consciência Negra (transcrito da Wikipedia).

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Lulubol de novembro

Dia da Bandeira

Abaixo, a íntegra do Decreto n° 4/1889, redigido por Rui Barbosa e publicado quatro dias após a Proclamação da República:
O Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil:
Considerando que as cores da nossa antiga bandeira recordam as lutas e vitórias gloriosas do exército e da armada na defesa da Pátria;
Considerando, pois, que essas cores, independentemente da forma geométrica, simbolizam a perpetuidade e integridade da Pátria entre as outras nações;
Decreta:
Art. 1° - A bandeira adotada pela República mantém a tradição das antigas cores nacionais - verde e amarelo - do seguinte modo: um losango amarelo em campo verde, tendo no meio a esfera celeste azul, atravessada por uma zona branca, em sentido oblíquo e descendente da direita para a esquerda, com a legenda - Ordem e Progresso - e pontuada por vinte e uma estrelas, entre as quais a da constelação do CRUZEIRO, dispostas na situação astronômica, quanto a distância e ao tamanho relativos, representando os vinte Estados da República e o Município Neutro, tudo segundo o modelo debuxado no Anexo 1.
Art. 2° - As armas nacionais serão as que figuram na estampa anexa 2.
Art. 3° - Para os selos e sinetes da República, servirá de símbolo a esfera celeste, qual debuxa no centro da bandeira, tendo em volta as palavras - República dos Estados Unidos do Brasil.
Art. 4° - Ficam revogadas as disposições em contrário.
Sala das sessões do Governo Provisório,
19 de novembro de 1889, 1° da República.
Assinam: Marechal Deodoro da Fonseca (chefe do Governo Provisório), Quintino Bocaiúva, Aristides da Silveira, Rui Barbosa, Campos Sales, Benjamim Constant, Eduardo Wandenkolk.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Bugatti Type 57C Atlantic 1937

Observação: o poster, material promocional da época, refere-se ao Atlantic modelo 1939.

Bugatti Galibier 16C Concept 2010





Vem aí o sucessor do Veyron.... Claramente inspirado no Bugatti Type 57C Atlantic, de 1937, com carroceria em duralumínio rebitado e considerado um dos mais belos carros do pré-guerra (veja a 2ª foto de cima para baixo, à direita, e no post acima), o novo lançamento da Bugatti, o Galibier 16C, tem carroceria executada manualmente em painéis de fibra de carbono azul escuro e alumínio polido. O compartimento do motor abre-se por meio de duas portas em asa, revelando o enorme bloco de 8 litros e 16 cilindros turbinado, com 800Cv, capaz de fazer o Galibier ultrapassar facilmente 350 km/hora. E, vejam só, o motor tem a possibilidade de funcionar com etanol, prometendo desempenhos surpreendentes. Freios em cerâmica e uma suspensão sofisticada foram especialmente concebidos para conseguir manter na estrada a altas velocidades um veículo desta dimensão e peso. Ainda sem data de lançamento comercial e preço (fonte: internet).

Qual é a maior estrela?

Descoberta pelo telescópio espacial Hubble por trás de uma densa nebulosa, na direção da constelação de Sagitário, Pistola brilha tanto como cinco ou seis milhões de sóis, e tem tamanho suficiente para preencher todo o espaço entre o Sol e a Terra. Pistola é a estrela mais brilhante que se tem notícia e fica a 25 mil anos-luz de distância. Mas a luz que brilha muito se consome rápido. Assim Pistola, que se formou entre um e três milhões de anos atrás (o Sol tem cerca de 5 bilhões de anos), está destinada a morrer numa violenta explosão chamada “supernova”. Na verdade, essa estrela já perde massa constantemente, formando ao seu redor uma concha de gás com dezenas de massas solares. As erupções extremamente massivas de Pistola já preencheram um espaço de mais 4 anos-luz, a mesma distância entre o Sol e a estrela mais próxima, Alfa de Centauro. Atualmente, os astrônomos estimam que a massa de Pistola seja equivalente a 100 sóis, sendo que a massa inicial deveria ser o dobro. Entretanto, ela não é visível em fotografias nem a olho nu, pois está imersa por trás do gás e da poeira interestelar do centro galático. Então, como podemos saber tanto sobre ela? As emissões da estrela não podem ser percebidas por sistemas óticos, mas podem ser registradas pelos detectores de infravermelho (calor) do telescópio espacial que as reporta como sinais digitais. Cada bit de informação é processado até se obter sua imagem. Mas neste caso as cores não têm qualquer significado físico. Elas são apenas um meio de ressaltar diferentes regiões por meio de contrastes (Copiado de “Astronomia no Zênite”).